Itália, Sérvia, Holanda e China nas semifinais do Mundial
Os semifinalistas do Campeonato Mundial feminino de vôlei foram definidos nesta segunda-feira. Com emoção de sobra e também com a confirmação de um novo cenário internacional.
No primeiro jogo da rodada dupla, a Holanda conseguiu uma impressionante virada sobre os Estados Unidos, parciais de 30-32, 15-25, 25-22, 25-15 e 15-9.
Um triunfo da criatura sobre o criador, já que Jamie Morrison, técnico americano do time holandês, foi assistente de Karck Kiraly durante muitos anos.
– Nós continuamos fazendo história e ainda não terminamos – disse Morrison, antes de elogiar a oposto Lonneke Sloetjes.
– Ele é uma das três melhores jogadoras do mundo.
Morrison tinha mesmo de exaltar a camisa 10. Ela marcou 38 pontos na partida. Foram 32 no ataque em 69 bolas recebidas, três no bloqueio e três no saque. Números decisivos para a confirmação de um histórico resultado para a Holanda, deixando as americanas, atuais campeãs do mundo, fora da briga por medalhas.
Vale ainda destacar a entrada de Plak no lugar de Buijs. Ela foi titular a partir do terceiro set e acabou como a segunda maior pontuadora do time: 16 acertos. Pelo lado americano, Bartsch-Hackley também saiu do banco para fazer 17 pontos.
De quebra, o resultado confirmou a classificação da China. Nesta terça-feira, chinesas e holandesas jogarão pelo primeiro lugar do grupo.
No segundo jogo do dia, mais cinco sets na vitória da invicta Itália sobre o Japão, parciais de 25-20, 22-25, 25-21, 19-25 e 15-13.
Foi a primeira vez neste Mundial em dez jogos que a Azzurra precisou jogar um tie-break. Apenas para variar a oposto Egonu terminou como maior pontuadora disparada, com 36 pontos (34 em 58 bolas recebidas e mais dois bloqueios).
Após cravar uma paralela no último ponto, Egonu, apenas 19 anos, viu várias companheiras caírem no choro. Não é para menos para o jovem time que vem assombrando o planeta.
Assim como a Holanda, a Itália avançou à semifinais tendo disputado apenas uma partida nesta fase. Amanhã, o duelo de titãs contra a Sérvia definirá a liderança da chave e o emparceiramento dos duelos da próxima fase.
Como escrevi no Twitter logo após o fim da partida, é bem estranho não citar Estados Unidos, Rússia e Brasil no grupo dos semifinalistas. Este grupo, nas últimas sete edições do Mundial, conquistou quatro ouros, quatro pratas e cinco bronzes. Já o quarteto garantido na semi em 2018 tem um ouro, três pratas e um bronze. Sinal dos tempos.