A GRANDE vitória brasileira na Turquia
Eram 7.600 torcedores rivais no Ginásio de Ankara. O time da casa era o único invicto. E deu Brasil!
A Seleção feminina conquistou o título mundial sub-23, nesta tarde, com a vitória por 3 sets a 1 sobre a Turquia, parciais de 25-21, 21-25, 25-19 e 25-22. Resultou que calou uma enlouquecida arena turca.
A oposto Rosamaria marcou 17 pontos, um a mais do que a central Saraelen. Mas o número que chama demais a atenção é o de bloqueios: 22 a 9 a favor das brasileiras.
Acompanhei boa parte da partida pelo transmissão ao vivo da FIVB (sem narração, mas com imagens impecáveis). Partida tensa, com erros até esperados de lado a lado. Até o meio do terceiro set eu não tinha a menor dúvida de qual lado pendia mais a vitória. O Brasil tinha muitas dificuldades para virar as bolas com as pontas Drussyla e Gabi, que exageravam na quantidade de largadas. Wagão chegou a colocar Kasiely em quadra. O meio também estava, em uma das passagens de rede, “congestionado” pela presença de Akman, um dos principais nomes do Mundial. Mas o Brasil achou um caminho e, aos poucos, foi baixando a temperatura da arena em Ankara. E cito um ponto da partida que julgo como chave.
A levantadora Juma fez uma importante passagem pelo saque, fazendo o Brasil virar o placar antes do segundo tempo técnico do terceiro set. Vale lembrar que as turcas vinham da vitória na parcial anterior. Quando passou a jogar com vantagem no placar a Seleção jogou a responsabilidade para o time da casa e assim deslanchou.
Juma foi eleita a melhor levantadora e também MVP do Mundial. Rosamaria foi a melhor oposto. Foram os prêmios brasileiros. Pelo que jogou na final eu até colocaria a líbero Juliana Paes na briga por mais um. Mas ela acabou perdendo para a turca Gizem Örge, que também jogou bem, admito.
O resultado é sim para ser comemorado. A Seleção correu risco de ser eliminada na primeira fase ao perder para essa mesma Turquia. E mostrou forças para reagir. No banco, Wagão e Hairton Cabral são dois técnicos que respeito demais. E merecem crédito também. Mas não achem que vencer um título apaga críticas recentes que fiz sobre a base, principalmente quando falamos da formação nas categorias infanto e juvenil.