CopINHA, PaulistINHA, CarioquINHA

por José Luiz Portella Pereira 22 de janeiro de 2020 às 18:48



O Brasil vive entre o “INHO” e o “ÃO”. Vai acabar a Copinha, feita nos tempos do dilúvio de Janeiro, vem aí o Paulistinha; o Carioquinha já começou, sem transmissão do Flamengo. São os “INHOS” estaduais que nos fazem perder tempo e dinheiro até abril. Nem são eliminados nem melhorados. Brasileiro é avesso à disciplina, ao rito, que é a sequência de ações que envolvem um evento; somos resistentes às distâncias pessoais e hierárquicas, mesmo na religião, tratando os santos com intimidade que outros povos não têm. Gostamos da intimidade do improviso, do jeitinho, do atalho. Este conjunto nos torna […]

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COPINHA, A PROCISSÃO DE MILAGRES

por José Luiz Portella Pereira 10 de janeiro de 2020 às 13:03



Não dá para assistir um jogo inteiro dessa fase preliminar da Copinha. Ruim, repetitivo, pobre. Às vezes, uma jogada isolada, alguns momentos, um brilho individual de relance. Até João Singh, o maior “Pacheco” defensor do futebol brasileiro, jogou a toalha: “Não dá pra ver”. A Copinha começará na fase de mata-mata, e, de verdade mesmo, na segunda leva. Fora as perdas: Flamengo desistiu, Palmeiras não entrou com o que tinha de melhor. A Copinha é paradigma que expõe duas realidades do futebol: a péssima organização e o inchaço político abusivo. Este, não é privilégio nativo, tem escala mundial, inclusive alcançando […]

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A FIFA NÃO TEM MUNDIAL

por José Luiz Portella Pereira 20 de dezembro de 2019 às 9:55



Como se vê, a FIFA organiza o Mundial com baixa qualidade e, por consequência, com pouca atratividade. Só o jogo Liverpool x Flamengo vale a pena assistir. Ambos são favoritos nas semifinais, porém, se o Liverpool perder, o Flamengo terá sua tarefa facilitada, e nós, uma final sem graça. Todas as outras partidas antecedentes com Hienghène Sport da Nova Caledônia, time da casa, campeões da África e Ásia, não despertam qualquer atenção e são jogos bem fracos, ainda que tenham alguns jogadores com qualidade técnica. A lotação dos estádios é comprovação. Por que a FIFA comete tamanha incompetência? Só o […]

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CONTENTANDO-SE COM POUCO

por José Luiz Portella Pereira 16 de dezembro de 2019 às 6:58



O Flamengo colocou 16 pontos de vantagem sobre os segundo e terceiro colocados não só pelos respectivos méritos, inquestionáveis, mas, também, pelos deméritos de todos os rivais. Quando se faz um juízo de valor: o Flamengo foi muito melhor; o campeonato foi bom; o número de pontos alcançados por Palmeiras e Santos foi extraordinário; estamos comparando com alguma referência. O resultado comentado depende dessa referência. Nós estamos nos contentando com pouco, muito pouco. Os sucessos do Flamengo, de Jorge Jesus e de Sampaoli não podem nos impedir de enxergar a falta de qualidade do conjunto. A ruindade do resto. Santos […]

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O CLUBE-EMPRESA

por José Luiz Portella Pereira 5 de dezembro de 2019 às 20:07



A princípio, qualquer projeto que levasse ao clube-empresa deveria ser bem-vindo para quem, como eu, há anos defende a profissionalização e modernização do futebol, a sairmos da Idade das Trevas para vislumbrarmos um Renascimento, um Risorgimento. Mas, cansei de ser iludido, não desejo me frustrar mais uma vez. O projeto de clube-empresa aprovado na Câmara não é bom. Mais do que um projeto para o estímulo aos clubes se tornarem sociedades empresárias, onde os responsáveis assumam as consequências da eventual má-administração ou o mérito pelo sucesso, o projeto do dep. Pedro Paulo, apadrinhado por Rodrigo Maia, se utiliza da ideia […]

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PENSOU GRANDE

por José Luiz Portella Pereira 27 de novembro de 2019 às 13:32



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LIBERTADORES – FETICHE E GLÓRIA

por José Luiz Portella Pereira 20 de novembro de 2019 às 14:27



A Libertadores é um fetiche sul-americano, porque a ela se atribui poder sobrenatural, mais do que vale no conceito mundial, e a ela se presta imenso culto. Sobretudo, no Brasil. Libertadores não é pouca coisa, tem um grande mérito. Contudo, nós, dessa parte pungente e desconsiderada da América, que sofremos com desigualdade, pobreza e desimportância mundial, a sobrevalorizamos. Em vez de criar magnitude simbólica exagerada, poderíamos cuidar de aumentar-lhe a dimensão real, organizando um torneio com maior nível técnico, menos clubes, mais qualidade. Sem inchaço, sem procurar atender politicamente as confederações, sem soldados nos escanteios com escudos para evitar o […]

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manos, valentins E O CORPORATIVISMO

por José Luiz Portella Pereira 14 de novembro de 2019 às 8:45



Brasil, a décima economia do mundo (PIB). Apesar de tudo. É um país rico. Já fomos a sexta maior economia em 2011, à frente da Inglaterra. Temos um PIB per capita com base na Paridade do Poder de Compra, mediano. Somos o 50° em 2015 conforme o FMI. Temos uma desigualdade avassaladora, abissal, com mais de 16,2 milhões vivendo em extrema pobreza, famílias com renda mensal igual ou inferior a R$70. Um em cada quatro brasileiros vivem com até R$420,00 por mês. Ou seja, país rico, renda per capita média, muita gente pobre. A concentração é imensa. Passamos de 42(2018) […]

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O SIGNIFICADO DA QUEDA

por José Luiz Portella Pereira 7 de novembro de 2019 às 21:32



Passando a mão nervosamente no único tufo de cabelo que lhe restou sobre a testa, à beira do campo, quando o Flamengo salpicava de gols o gramado do Maracanã, Carille exibia, ao mesmo tempo, feição tensa e aparvalhada. Não sabia o que fazer. Não sabia explicar o que ocorria, de forma semelhante a quando ganhava seguidamente em 2017, com o tal estilo defensivo. Lá atrás, Carille também ignorava o produto que oferecia. Ele é fruto de vários defeitos do Brasil. Começando pela irresponsabilidade orçamentária, quando dirigentes que não são proprietários dos clubes, nem respondem pelo patrimônio que manejam; estabelecem “assombrosa” […]

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CELEBRIDADES NO PAÍS DA INIQUIDADE

por José Luiz Portella Pereira 31 de outubro de 2019 às 3:59



Olhe só para Lucas Lima! Ele corre de lá “prá” cá, sem molestar o adversário. Corre de certa forma que pareça estar fazendo algo, mas vai de um ponto ao outro, enquanto dois atletas do rival trocam passes, mantém-se cuidadosamente distante, com folga, trotando leve. Mano Menezes, que julgávamos pretensioso, mas com alguma competência crítica, observa bovinamente, e demora para retirá-lo, só sob dilúvio. Além de escalar Carlos Eduardo, o quase-nulo. Veja agora como faz Éverton Ribeiro. Marca duro, firme, corre para chegar e incomoda o outro. Ele é intenso. Lucas Lima não é intenso, é flácido. Aí estão duas […]

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Autor

JL PORTELLA

José Luiz Portella Pereira é engenheiro especializado em gestão, orçamento e planejamento, coordenou a elaboração e implantação do Estatuto do Torcedor e Lei de Responsabilidade do Futebol (leis 10.671 e 10.672/2003), é colunista do Lance! desde 2003, membro do Conselho Editorial. Doutorando em História Econômica pela FFLCH-USP.

portellajlp@uol.com.br

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