Cuidados para a final
Não, não vou me referir aos cuidados que a seleção deverá ter contra a Espanha, mas ao desafio da polícia fora do estádio.
Há muita pressão em relação às tropas no Rio, com cenas de vandalismo, depredações e saques marcando o final de várias manifestações na cidade, além de acusações de abusos policiais que entopem as corregedorias. E há a mobilização para o último protesto durante a Copa das Confederações, que termina domingo, e os gastos públicos abusivos para o Mundial no Brasil rondando a decisão no Maracanã.
O desafio da polícia é evitar o que aconteceu quarta, em Belo Horizonte, onde a seleção ganhou do Uruguai. Cerca de 6 mil policiais foram convocados, boa parte deles trabalhou no entorno do Mineirão, mas o restante da capital mineira ficou desprotegido. Tanto que um posto de gasolina, agências bancárias, concessionárias e lojas em geral foram atacados, provocando grande prejuízo. Só em uma das concessionárias, ele deve passar dos R$ 2,5 milhões.
Cabe à polícia dar segurança ao torcedor que for à final, claro, mas sem se esquecer do resto da cidade, como aconteceu em Belo Horizonte.
Situação complicada. Em Minas, o protesto reuniu 50 mil. No Rio, ainda é uma incógnita, mas todo cuidado é pouco.