Como criar o caos
Para quem não soube, a Zona Sul do Rio viveu ontem um dia de caos total no trânsito.
Um grupo de taxistas quis fazer a sociedade ouvir suas reivindicações e parou a Lagoa, o que gerou transtornos no centro, Leblon, Ipanema, Copacabana, Botafogo, Flamengo, Laranjeiras… Em toda a Zona Sul, enfim.
O grupo não era dos maiores, a estimativa é que de 150 a 200 profissionais se mobilizaram, o suficiente para criar o caos num dia importante, pois começava a disputa dos Jogos Militares, com a participação de 112 países.
Não quero entrar no mérito das reivindicações dos taxistas, que para ser sincero desconheço quais são, mas é no mínimo complicado atrapalhar a vida de tantos cidadãos para exigir das autoridades determinada demanda para um setor específico da sociedade. Acho no mínimo algo questionável que merece maior reflexão.
O que aconteceu ontem serve de alerta para o que os organizadores dos Jogos de 2016 podem enfrentar. Seja nas obras, seja antes do evento, seja durante a Olimpíada, pois é a oportunidade de muitos grupos aparecerem para atrapalhar os demais reivindicando interesses próprios.
É diferente, a meu ver, do que acontece em países como o Chile, onde os estudantes protestaram veementemente para pedir um melhor ensino público e lutando pela expansão do crédito educativo. Contanto que a manifestação seja pacífica, acho justa que seja feita. Pois educação e saúde são direitos básicos de todos os povos.
Pena que no Brasil seja diferente. Por mais que Lula não veja problemas nisso a UNE virou um “partido” chapa-branca há muito tempo. Desde que o PT assumiu a presidência. E não falo isso por ser contra ou a favor do PT, aliás votei em Lula quando ganhou as eleições. Só não votei para a reeleição por conta do escândalo do mensalão. Mas vamos deixar essa parte para os analistas políticos… Porque de espinhos o mundo do esporte já está repleto. Repleto até demais…